Sinopse: Os cinco alunos originais do Professor X –
Ciclope, Garota Marvel, Homem de Gelo, Anjo e Fera – são arrancados do passado
e trazidos para o presente. Mas o que eles encontram – a situação atual de seus
futuros e do sonho de Xavier – está longe de ser o futuro com que eles
sonhavam. Como esses jovens heróis idealistas vão reagir quando se depararem
com o conhecimento opressivo do que o futuro lhes reserva? Quando os
amargurados X-Men do presente encaram suas contrapartes do passado, não é um
encontro pacífico – e um dos Filhos do Átomo será transformado para sempre.
Apesar de não
ser grade fã da Marvel Comics, sempre adorei os X-men. Via o desenho animado quando
era criança, comecei a ler as histórias em quadrinhos através de amigos que
colecionavam, passei para os filmes e novas animações, continuei lendo as HQs –
o que faço até hoje. Então, para mim, foi um deleite poder ler boas histórias
com os X-Men originais (Ciclope, Garota Marvel, Fera, Anjo e Homem de Gelo), a
melhor equipe, em minha opinião. É isso que são os Novíssimos X-Men: apesar do
título, eles são os X-Men do passado.
A
proposta parece um pouco absurda no começo, mas vai fazendo sentido ao longo
das edições: Fera está morrendo, não consegue mais pensar direito e, em uma
tentativa desesperada de parar a revolução mutante do Ciclope, vai ao passado e
trás os X-Men originais de lá. A intenção dele é que o Ciclope do presente veja
a si mesmo no passado e se lembre novamente do sonho de Xavier e de tudo que está
em risco. Claro que essa é apenas a premissa básica, e muita coisa ainda vai
acontecer nesta primeira edição (de três, até agora).
Um
ponto positivo do roteiro de Bendis é não ter começado já com os X-Men
originais, mas sim mostrar tudo o que vem acontecendo no presente, dialogando
com Fabulosos X-Men para criar uma
trama coesa que nos dá motivos mais que suficientes, ainda que questionáveis,
para que Fera volte ao passado. E ver a equipe original no presente, meus
amigos, é uma experiência única para qualquer fã dos mutantes.
Enquanto
estão no presente, os X-Men do passado começam a aprender mais sobre si mesmos,
sobre seu futuro, a situação atual da mutandade e tudo o que passaram para
chegar até ali. Não foi o caminho fácil, e os cinco estão dispostos a refazer
suas vidas e mudar tudo para melhor. O motivo perfeito para continuarem no
presente: se voltarem ao passado, Xavier vai apagar suas lembranças, ao mesmo
tempo em que, como heróis que são, não podem deixar o mundo daquele jeito. E os
motivos são muito críveis, ainda que, na posição de leitor, você entenda que
nada de bom pode sair dessa situação e que os X-Men originais estão arriscando
destruir toda a linha temporal.
Os
traços de Immonen são excelentes, um dos melhores desenhistas que um título
mutante teve em muitos anos. É um traço incomum que equilibra perfeitamente realismo
com um traço tipicamente “quadrinhesco” (essa palavra existe ou acabei de
inventar?), sem exagero de proporções ou rostos que pareçam todos iguais – sim,
estou olhando para você, Bachalo, e seu péssimo traço em Fabulosos X-Men. Em vários momentos os X-Men são representados com
visuais antigos, e Immonen não vacila. Há uma imagem de página dupla,
especialmente bela, na qual Jean Grey (alçada aqui a protagonista da trama,
isso fica óbvio) vê as passagens mais importantes de sua vida, e o quadro
montado é espetacular. Mais um ponto para um volume tão bom.
Já
a edição da Panini está impecável. Estou muito acostumado com os volumes da
fase Novos 52 da DC Comics, então
estranhei o quão fino esse volume é, mas nada que comprometa a história ou a
edição. Uma capa dura belíssima, papel de qualidade e vários extras no final
(coisa que as edições dos Novos 52 não costumam ter). Dou destaque ainda para
as lombadas, que vão deixar qualquer X-Fã maluco!
Com
uma arte incrível e um roteiro surpreendente, este arco de história acaba
demonstrando ser um dos melhores que os mutantes tiveram em muitos anos. A
história é muito boa, os artistas envolvidos são absurdamente competentes, e o
diálogo estabelecido com Fabulosos X-Men só
torna a trama ainda maior e melhor, dando um verdadeiro sentido de unidade ao
universo dos X-Men, como se eles finalmente estivessem no mesmo mundo, em vez
de cada um fazer aquilo que quer independente das consequências para outras
pessoas. Uma edição para qualquer colecionador ter, ler e reler.
Em
tempo: esta será a primeira de três resenhas sobre Novíssimos X-Men.
Editora: Panini
Ano de lançamento: 2015
Páginas: 132
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