de Kore Yamazaki
Sinopse:
Chise Hattori, 15 anos. Órfã solitária,
desesperançosa e sem meios para sobreviver. Em troca de uma fortuna, a jovem
que não possui nada é comprada por uma criatura não-humana que convive com a
eternidade e se diz mago. Quando a entidade a acolhe em sua casa como
“discípula” e “noiva’’, o tempo congelado da garota começa a se mexer
devagarinho... e ela está prestes a começar uma nova e estranha vida, repleta
de magia, fadas e outros seres de natureza mágica.
Conheci
esta história da mesma forma que acredito que a maioria tenha conhecido: pelo
anime. Primeiro foram lançados três OVAs (Original Vídeo Animation), mas
esperei para ver a versão para a TV antes e não me arrependi: um conto de amor
e magia sensacional embalado com cenas incríveis e uma animação soberba. Um anime
tão maravilhoso, claro, só poderia vir de um mangá igualmente maravilhoso. E é
isso que a Devir nos trouxe: The Ancient
Magus Bride, o próximo mangá que marcará a cultura pop.
Na
trama do mangá, somos apresentados a Chise Hattori – uma órfã com grande talento
mágico (ela é chamada de “Sleigh Beggy”, mas não revelarei o significado disto
aqui, claro) que é comprada em um leilão por um mago monstruoso chamado Elias Ainsworth,
que quer tomá-la como aprendiz e noiva, daí o título da obra. Este volume
possui os cinco primeiros capítulos do mangá, introduzindo tanto Chise quanto o
leitor ao mundo mágico ao qual Elias, o Mago dos Espinhos, já está muito acostumado,
cheio de passagens belíssimas e um gancho no final que te deixa cheio de
vontade de saber o que acontecerá em seguida.
Gosto
de pensar que a beleza do mangá está perfeitamente dividida entre desenhos e
roteiro. Ambos são estupendos, vale acrescentar, mas um não se sobressai ao
outro. Em uma passagem (uma das minhas favoritas da história) Chise ajuda um
velho dragão a se despedir deste mundo de uma forma belíssima, o roteiro e as
falas criam um sentimento tocante e profundo, enquanto os desenhos enchem seus
olhos com imagens de tirar o fôlego. Sinceramente? Para mim, The Ancient Magus Bride está no nível de
Fullmetal Alchemist: ambos são mangás
que se encontram um degrau acima dos demais, não importa o sucesso de seus
concorrentes – refiro-me a obras de peso que eu, inclusive, adoro, tais como One Piece e Naruto.
Quanto
à edição da Devir, ela pode parecer um pouco cara a princípio, mas levando em
consideração o acabamento, o formato e o fato de que só pode ser comprado em
lojas (vacilo, isso diminui a tiragem e torna mais difícil adquiri-lo), o preço
até que está bom. A edição é a que mais se assemelha às edições tradicionais
japonesas que eu já vi: possui sobrecapa, papel de qualidade e todos os extras,
além de uma ótima tradução. Apesar de gostar muito do formato de “luxo” dos
mangás da Panini, com capas mais resistentes e orelhas, é inegável que a Devir
acertou ao trazer uma edição que praticamente espelha a edição japonesa (só não
direi que são iguais porque nunca vi a versão original). Uma edição bonita para
um bonito mangá.
E,
sim, usei muito o termo “belo” para este mangá, mas é a palavra que acho mais
apropriada. É isso que The Ancient Magus
Bride é: extremamente bonito. Tudo nele, sua história, suas ilustrações,
sua edição. É aquele mangá perfeito para você ler e guardar com muito carinho
para reler sempre. Estou muito animado para pegar o volume dois logo e farei
resenha também. Este aqui vale à pena. Abraço!
Editora: Devir
Ano de Lançamento: 2017
Páginas: 180
PS: Que capa, amigos e amigas! Que capa!
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