de Brian Azzarello, Cliff Chiang e Tony Akins
Sinopse: Com seu todo-poderoso pai Zeus desaparecido,
a Mulher-Maravilha acabou sendo arrastada para a mãe de todas as contendas
familiares: a batalha dos deuses pelo trono do Olimpo. E Zola - uma amiga
humana da heroína, engravidada por Zeus em pessoa - pode se tornar em breve
mais uma baixa nesse conflito agora que foi raptada por Hades, o soberano dos
mortos! Para libertar sua companheira, Diana precisará enfrentar o segredo mais
sombrio das amazonas, se equipar com armas criadas nas forjas dos deuses e se
aliar a divindades nada estáveis e com objetivos desconhecidos. A viagem para o
Inferno está marcada, e o soberano daquela desesperadora paisagem quer mais do
que apenas a alma da Mulher-Maravilha…
Antes
de prosseguir com a leitura, recomendo que leia minha resenha do volume
que antecede este: Mulher-Maravilha: Sangue. Brian Azzarello fez, para mim, a
melhor revista em quadrinhos dos Novos 52 e uma das melhores fases da
Mulher-Maravilha em muito tempo. Após um volume com um grande gancho no final,
os autores mergulham de vez na mitologia grega para continuar a trajetória de
Diana para proteger seu irmão ainda não nascido.
Se
no volume anterior era necessário explicar e esclarecer as novas regras na vida
da Mulher-Maravilha, como a mudança em sua origem, este volume se consolida com
um avanço significativo na história e revelações chocantes. Somos também apresentados
a deuses, como Hefesto, uma sem-rosto Afrodite e Ártemis; e a lugares
mitológicos famosos, como o próprio inferno, na versão mais perturbadora e cruel
que já vi, e o Olimpo.
Vale
ressaltar que a Mitologia aqui é ainda mais bem retratada que no volume
anterior, incluindo alterações no modus
operandi das amazonas que as deixam mais próximas de suas contrapartes reais
do que jamais foram nos quadrinhos. Perder aquela visão lúdica das amazonas
pode ser chocante para a maioria dos leitores, mas segue com a proposta de
Azzarello de tornar essas histórias mais próximas dos mitos gregos e da
realidade que nos cerca.
E,
no cerne de tudo isso, temos a própria Mulher-Maravilha. Para quem reclamou que
a personagem estava muito agressiva no volume anterior, – uma faceta, veja bem,
dos Novos 52 em si, mas que a personagem já vem ganhando há um bom tempo –
neste temos uma Diana mais determinada do que nunca, lutando com convicção e
vencendo batalhas não apenas com seus socos e chutes, mas também com amor
(literalmente). Algumas das soluções e reviravoltas de sua estadia no inferno
são, inclusive, bem elegantes. Aqui podemos ver a Mulher-Maravilha mais
graciosa, amorosa e, ao mesmo tempo, poderosa e lutadora desde o início dos
Novos 52. Creio que os fãs irão gostar de ver como a personagem foi retratada.
Nos
traços, mais uma vez a bela arte de Cliff Chiang e o traço qualquer-coisa de
Tony Akins. Ficam aqui os mesmos comentários da resenha anterior: gosto muito
de um, não gosto nem um pouco do outro (ainda bem que Akins desenha menos neste
volume). A edição da Panini ficou incrível como a maioria dos trabalhos com
encadernados da editora, uma edição impecável, digna de respeito. Só é uma pena não possuir extras, como a edição anterior, mas a Panini segue à risca os volumes originais, e reparei que nos volumes de Flash o padrão é o mesmo: extras apenas no primeiro volume.
Mulher-Maravilha: Direito de Nascença é
mais um passo (num total de 6) no run de
Brian Azzarello e Cliff Chiang à frente do título da princesa amazona,
começando, se desenrolando e encerrando muito bem, deixando ganchos para o
próximo volume e indicando a presença de novos
deuses para movimentar a trama – algo que, certamente, quero muito ver.
Quero logo o terceiro volume (prometido para “o meio do ano”), quero ver como a
história avança e quero ler cada vez mais da Mulher-Maravilha.
Editora: Panini
Ano de Lançamento: 2016
Páginas: 140
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